O calor aperta e a pobre criancinha destila dentro das "roupas quentinhas" que a mãe lhe vestiu. Sempre que alguém se aproxima do carrinho de bebé com o intuito de lhe pegar ao colo, ou mesmo de lhe fazer uma festa, é convidado a lavar as mãos, não vá o diabo tecê-las e o petiz apanhe alguma maleita desconhecida.
Na casa da tia o cenário mantém-se. Gatinhar pelo chão, nem pensar, brincar com o primo está fora de questão porque pode aleijar-se... Claro que mãe ou pai que se preze, tem receio que os filhos corram riscos e a preocupação é uma constante. No entanto, "entre o oito e o oitenta existem setenta e dois números" e há pais que sofrem do terrível síndrome da superprotecção.
São hiper-vigilantes, estão sempre presentes junto aos filhos livrando-os de todo e qualquer potencial perigo. Os pais superprotectores, vivem para lá dos limites do que é considerado sensato, em termos de educação. O mais grave, é que nem se apercebem que quanto mais desejam proteger os filhos, mais os vão fragilizando.