Actualmente, com os avanços da tecnologia e o acesso generalizado a computadores e telemóveis, essa prática passou para além dos muros das escolas dando origem ao chamado Cyberbullying.
Através de emails, blogs, Orkut, MSN, o agressor envia mensagens ofensivas a outras crianças ou jovens, difunde fotografias comprometedoras, altera o perfil da vítima, incitando terceiros a reforçar o ataque, com o claro propósito de humilhar, assustar, constranger e, por fim, isolar aquele que é considerado mais fraco.
Em regra, os alvos do bullying ou cyberbullying são sempre crianças, ou jovens, que possuem um traço de personalidade, ou físico, que os torna mais frágeis (usar óculos, gaguejar, ser mais baixo ou mais gordo…). O agressor tem necessidade de humilhar alguém, pois só assim se sente forte, poderá ser mais popular no grupo e esconder suas próprias fraquezas.
No mundo virtual, o agressor sente-se protegido, pois pode fazer tudo isto sob a máscara de um nick,. É provável que o agressor também tenha sido vitima de humilhações e encontra assim uma maneira de descarregar a sua própria frustração e impotência.
O mais grave é que a vítima, não sabe como reagir e habitualmente tem medo de piorar sua situação, o que faz com que se isole cada vez mais. Se pensarmos que tudo isto sucede numa época em que o jovem está a definir a sua personalidade e que a opinião do grupo é fundamental como parâmetro de aceitação e admiração, será fácil percebermos as graves repercussões internas que este processo vai provocar.
O que pode ser feito?
Antes de tudo, há que prevenir os filhos e orientá-los no sentido de se manterem distantes do agressor e seus ataques, evitando responder às provocações pois só irão alimentar mais a sua raiva. É justamente isso que ele espera da vítima!
Não manter segredo. Embora seja um momento de profunda crise pessoal, esta pode ser a oportunidade de o jovem agredido lidar com os próprios complexos, e superá-los.
Outro ponto importante a ser enfatizado é evitar a exposição excessiva na Internet. Em hipótese alguma deverá divulgar dados pessoais, ou de seus familiares ou fotografias.
Em resumo, a inclusão no mundo virtual, à semelhança do que se passa com o mundo real, implica correr riscos, e é preciso mostrar aos filhos como percorrer estes caminhos!